quinta-feira, 16 de maio de 2013

The Anti-Rothbard Cult

Great speech from Tom Woods, which reminds us the legacy that Rothbard had to the liberty cause with many theoretical contributions and great insights regarding a lot kind of fields.


sábado, 11 de maio de 2013

O estado e o controle da informação


A anatomia do estado já foi muito bem analisada por Murray Rothbard  e basicamente é constituída por seu modus operandi coercivo em diversos níveis e garantida pelo apoio da maioria de seus súditos. Pensando no longo prazo, fica claro que o controle dos meios intelectuais é de extrema importância para a garantia quase que eterna dessa instituição.

Para os esclarecidos nesse tema, é de conhecimento comum que a manipulação de indivíduos e grandes grupos se dão, principalmente, pelo controle da educação e pela distorcida versão oficial da história [1]. A estrutura estatal pode variar de acordo com o tempo e demonstrar-se mais ou menos liberal do ponto de vista econômico ou social, mas a agenda sugerida pelos que detêm o poder pode facilmente se manter obscura. Interesses particulares podem, tranquilamente, se destacar frente a objetivos que são tidos como oficiais.

Acho bem improvável que algum libertário vá discordar que o estado dispõe de inúmeras ferramentas que podem (com a maior facilidade) gerar benefício e satisfação para indivíduos que façam parte do jogo, tanto burocratas como corporativistas. E por mais improvável que pareça, quando se sugere que estados são capazes de fazer o que quer que seja para preservação e implementação de sua agenda, o pronto descrédito é lançado junto com o termo ‘teoria da conspiração’. Imagino que muitos devam falar assim como estatistas desferindo o repudio ao ‘reacionário’: sem nenhum critério e análise.

Devemos admitir que mesmo com a revolução digital e as infinitas fontes de conhecimento e informação que ela trouxe e uma melhor possibilidade de estabelecimento de nichos (tanto intelectual quanto comercial), o estado ainda tem vasto apoio e parece muito longe de ter seus dias contatos. Mais do que ninguém, os libertários sabem da dificuldade de estabelecer sua teoria e princípios no mainstream acadêmico e na mídia.

            Não temos certeza do todos os motivadores que cercam um burocrata de “sucesso” ou um político espoliador, mas uma coisa é certa: o estado não pode deixar as coisas saírem de controle e o monopólio/oligopólio da informação é fundamental. O poder sempre teve, ao longo da história, um caráter invisível e decisões relevantes sempre foram tomadas nos bastidores pelas elites de cada época.

Nesse cenário onde o estado encontrou na terceira via o caminho ideal para sua perpetuação, não podemos esquecer que além do burocrata essa fórmula de “sucesso” depende do corporativista, ser esse muitas vezes esquecido. Seja talvez pelo apreço que nós libertários temos aos empreendedores e ao livre-mercado. Mas não deveria ser assim uma vez que de livre, o mercado não tem nada. Portanto, empresários com altas influências políticas tem todos os motivos para defender a preservação do status quo, seja em Brasília ou Washington.

            No ano passado, até o New York Times chegou a publicar uma reportagem (ver aqui), que admite o controle do governo norte-americano em informações que são divulgadas ao grande público. O autor basicamente afirma que organizações como Bloomberg, The Washington Post, Reuters e The New York Times consentem em conceder entrevistas nas condições impostas por políticos.

            A Rede Globo é até foco de um documentário [2], exibido no Channel 4 do Reino Unido, onde é exposta toda sua influência no cenário político nacional e condescendente com políticas das últimas décadas.

Portanto, me pergunto: Qual a lógica em defender o livre mercado e apoiar-se quase que exclusivamente em conglomerados da mídia garantidos pelo estado, para afirmar que uma notícia é verdadeira ou não? Qual seria o cenário em um lugar que prevalecesse o livre-mercado da informação? E se o estado nem existisse para garantir a “veracidade” das informações? É evidente que o mercado tem suas formas de premiar aqueles que melhor prestam serviços à população, nesse caso a divulgações de informações verdadeiras e pertinentes à sociedade.

Mesmo assim, seria necessária uma análise crítica (ou simplesmente bom-senso) de cada indivíduo ao receber uma informação e trabalhá-la como verdadeira ou falsa, relevante ou não. Acho que essa é uma análise apriorística razoável, ao contrário da outra afirmação a priori de que versões alternativas a casos relevantes e até então “definitivos” são naturalmente falsas.

         Óbvio que existem teorias conspiratórias mentirosas e pessoas que buscam alcance e fama divulgando informações mentirosas para atrair a curiosidade do público, mas isso não impede que análises criteriosas e investigações reais sobre determinado assunto sejam verdadeiras. Afirmar que Elvis não morreu ou que o homem não foi à lua é muito diferente de afirmar que grandes corporações da mídia tem muitos interesses em comum com a classe política, por exemplo.

            Por fim, pessoas que veem na diminuição ou extinção do estado um caminho para liberdade e prosperidade não podem simplesmente desconsiderar uma informação como justificativa que essa difere da versão oficial. Devemos lembrar que virtualmente nada que o governo nos diz é verdade [3] e que antes de tudo devemos confirmar no nosso julgamento de valor, independente do que o estado e instituições parceiras nos dizem.

-------------
             No próximo texto, vou mostrar alguns motivos (dessa vez com mais exemplos) de porque devemos ser menos céticos em relação a algumas teorias conspiratórias e mais céticos em relação ao mainstream media.


[1] – São muitos os autores predispostos a desafiar a versão oficial da história, incluindo o libertário Tom Woods no seu “Guia politicamente incorreto da história dos EUA” (http://www.tomwoods.com/books/the-politically-incorrect-guide-to-american-history/) e mais recente, Leandro Narloch aqui no Brasil, com guias sobre o Brasil e a América Latina.
[2] – “Alem do cidadão Kane” - http://www.youtube.com/watch?v=049U7TjOjSA

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Patents Are a Government Creation


by Jeffrey A. Tucker
If patents for inventions were part of the free market, to make and sustain them would not require legislation, constitutions, bureaucracies, filings, armies of attorneys, and years of litigation. They would exist in the same way regular property rights exist. From time immemorial, people have owned stuff. They’ve used stuff. They make deals and trade. No one is harmed.
But with patents, a government agency causes them to exist. Once the apparatus is in place, you hire an attorney. You hammer together just the right claim. If it looks vaguely unique—lawyers specialize in this—three years later, you get back a sheet of paper that guarantees you an exclusive right. This is not a right for you to make a thing. It is a right for you to exclude others from making that thing.
In other words, a patent is a license to coerce third parties who may or may not know anything about your supposed invention. It doesn’t matter if someone else invented your widget completely independently. You now own the government-granted right of monopoly privilege. Patents are no more or less than that.
The whole subject of “intellectual property” (IP), of which the patent is one type, confuses people who otherwise believe in property rights. IP is not a property right such as the one you own over your shoes or house or business. It is manufactured right, one invented by legislatures and bureaucracies to back some producers over other competitive producers.
Along with tariffs, patents were the earliest form of crony capitalism. And they have been dragging down the pace of economic innovation from the beginnings of the Industrial Revolution to the present, from the steam engine through the smart phone. They throw barriers in the way of the discovery component of the market process and entangle enterprise in a thicket of lawsuits.
In a free market, a commercially successful producer with a new and economically viable product can hope to experience a period of profitability just by being the first to market. It takes a while for others to observe the success, speculate on its continuation, roll out a new version, and get it to market. It is never enough to copy. You have to improve to beat the market leader. This is how the free market works. It is based on learning and competition, not monopoly.
Patents change everything. By granting a monopoly, the producer can prolong the period of profitability for longer than the free market would otherwise allow. The history of invention is filled with examples of individuals and firms who get the grant and then squander massive resources to hold on to it against the attempts of “pirates” to enter the market. Eli Whitney, the Wright Brothers, Alexander Graham Bell, and Steve Jobs are all examples. (As a side note, patents have seriously distorted our perceptions of the history of invention. We need a radical reconstruction of this history that does not rely on patent records.)
Patents don’t help the little guy. They help the big guy who is already successful beat back the competition. This is why writers in the classical liberal tradition have long pointed to patents as unjust, inefficient, and unnecessary interventions.
In 1851, The Economist stated why: “The granting [of] patents ‘inflames cupidity’, excites fraud, stimulates men to run after schemes that may enable them to levy a tax on the public, begets disputes and quarrels betwixt inventors, provokes endless lawsuits . . . The principle of the law from which such consequences flow cannot be just.”
Joining the opposition in the 20th century have been Fritz Machlup, Ludwig von Mises, Murray Rothbard, and F. A. Hayek. (Ayn Rand was an exception.) And all of this opposition came about before the huge expansion of the patent system today that applies to seeds, software, and even time travel.
Ninety-nine percent of the patents issued are never used. Most patents just sit there like time bombs to blow up other attempts to enter the market. They don’t inspire people to invent; they inspire people to use parasitic methods to stop others from inventing.
What a strange system of central planning it all is! You can’t have free enterprise when the government is slicing and dicing ideas and assigning monopolistic titles to them. The purpose of property and prices is to provide for the peaceful allocation of scarce resources. Ideas, once public, are no longer scarce.
As Thomas Jefferson said in a letter from 1813: “If nature has made any one thing less susceptible than all others of exclusive property, it is the action of the thinking power called an idea . . . He who receives an idea from me, receives instruction himself without lessening mine; as he who lights his taper at mine, receives light without darkening me.”