segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

100 anos de Federal Reserve

                No dia 23 de dezembro de 1913, um dos acontecimentos mais relevantes do século XX estava prestes a mudar o mundo. Mesmo assim, parece que o centenário da fundação do FED não é uma informação digna de ser noticiada na grande mídia brasileira e mundial.

                Apesar de não ter sido o primeiro banco central de um país importante (O Reino Unido fundou sua versão em 1694), foi a criação de um “monopólio privado” norte-americano em prol de banqueiros e políticos que definiu a geopolítica e economia dos séculos XX e XXI. Com a perspicaz característica da classe política, aproveitaram a noite anterior à ceia de natal, com o congresso e senado vazios, para aprovar o Federal Reserve Act.

                Enquanto uns descrevem a criação do Federal Reserve como um grande feito para a humanidade, a verdade é bem outra: influentes banqueiros e políticos desenvolveram um novo e poderoso sistema financeiro que promoveram e impuseram um século de conflitos e genocídios, incluindo duas guerras mundiais, Grande Depressão de 1929, inúmeras outras recessões e a nova moda de socorrer mega-banqueiros com o dinheiro de pagadores de impostos.

                A fraude do FED se inicia pelo próprio nome. Não há nada de “federal”, nem “reserva” ou “banco”. É uma entidade 95% privada, que atua fora do controle/burocracia estatal, mas que tem total autonomia de inflacionar o dólar (via impressão de dinheiro) caracterizando tudo menos algum tipo de “reserva”. Eles imprimem dinheiro para financiar “bombardeiros democráticos “ ao redor do mundo, para garantir que grandes corporações como Goldman Sachs, Bank of America, City e JPMorgan se mantenham felizes e ricas.

Por fim, também não atua como banco uma vez que o core business dessas instituições seriam lidar com necessidades de crédito da real economia, formada por pessoas de diferentes origens e objetivos.

Como uma organização como essa consegue controlar não só a economia dos Estados Unidos mas do mundo inteiro?

Imagine que o Brasil tenha de adquirir petróleo ou qualquer outra commodity equivalente a 100 dólares. Alguém terá de trabalhar para adquirir esses 100 dólares ao passo que quando o governo norte-americano precisa adquirir o mesmo produto, basta imprimir esses 100 dólares. Fácil de estabelecer como uma super-potência utilizando esses tipos de artifícios, não? Para entender melhor, favor ler as considerações de Murray Rothbard a respeito (http://mises.org/daily/6320/).

Continuando a usar o exemplo do petróleo e como o fluxo de dinheiro consegue alimentar o sistema financeiro norte-americano, vemos a extinção do padrão-ouro e o surgimento do “petro-dolar” como uma quase que infalível forma de dominação. Acham que os Estados Unidos invadiram a Lybia em 2011 para promover democracia ou porque Muammar Kaddafi estava prestes a lançar um programa no norte da África para troca de petróleo em um novo padrão monetário baseado no ouro? http://www.theguardian.com/commentisfree/2011/jul/13/muammar-gaddafi-oil-algeria

E é nesse contexto de extremo desconhecimento que “defensores da justiça social” desferem ódio ao mercado e o quão maléfico ele pode ser, sem se dar conta do atual momento que vivemos: Simbiose entre os poderes financeiros e políticos onde o controle é o grande objetivo. Uma grande dica a qualquer um que seja é que entendam como a formação de riqueza acontece e como sua concentração no topo da pirâmide se desenvolve.

Mas ao contrário disso, o modelo norte-americano é seguido pelo o mundo inteiro seja através do Banco Central do Brasil, Banco Central Europeu e Banco Mundial. A fraude institucionalizada é acompanhada por um belo método de roubo tão eficiente mas mais discreto que os imposto. Me refiro a desvalorização da moeda.

                Com esperança de mudança nesse nível de conhecimento, sugiro alguns livros/vídeos que contam melhor a história do Federal Reserve para quem sabe, não completar mais um século.




- The truth about Federal Reserve (http://www.youtube.com/watch?v=CAYkmutzcrU)

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