quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Argentina inflation: shoot the messenger


from Financial Times

See no evil, hear no evil, speak no evil.
That, apparently, is the mantra of the Argentine government when it comes to inflation. And woe to those who contradict it. Just ask the folks at Consumidores Libres, a non-profit that tracks prices and represents consumers in consumer protection lawsuits.

Consumidores Libres’s fortnightly grocery price index was published last Friday in Clarín, the nation’s largest newspaper. The index showed that consumer prices had risen 17.5 per cent in 2012, three times the rate reported by the country’s national statistics agency, INDEC.

Later that day, Consumidores Libres was informed by the country’s consumer defense department, a division of the economy ministry, that its non-profit registration and its place in the national registry of consumer defense agencies were being suspended.

“If they suspend our registration we don’t exist as a non-profit and if they take us out of the registry all the legal actions we’ve begun on behalf of consumers fall into limbo,” Consumidores Libres founder Héctor Polino told Clarín.

The government of President Cristina Fernández de Kirchner has long expressed irritation with those who differ with the laughably rosy consumer inflation numbers that started coming out of INDEC after the government changed key personnel and methodology there in 2007.

And this is not the first time that the government has hit those who contradict INDEC with economic sanctions. Last year, the Fernández de Kirchner government fined a dozen consultancies and research firms 500,000 pesos (about $108,000) for publishing their own inflation data on the basis that they were using faulty methods and spreading misinformation.

To avoid those sanctions, a group of opposition lawmakers now concocts an index using data from unnamed private firms. This index pegs inflation at some 24 per cent year-over-year, while INDEC reports a rate of 9.9 per cent.

“The government wants to hide the fact that there are price increases, even when Argentines see them every day at the supermarkets,” Polino told Bloomberg.

According to Polino, the government also wanted to punish Consumidores Libres for having its statistics appear in Clarín, which the government has treated as a sworn enemy in recent years. Consumidores Libres has followed grocery prices for 18 years and its index has appeared in many publications without problem, Polino said in an article in the La Nación newspaper.

In the government’s defense, the head of the consumer defense department, María Lucila “Pimpi” Colombo said that the group was not being punished for its appearance in Clarín but for the weakness of their data. She said that her department had long been troubled by inexact price indices and had sent a letter to Consumidores Libres and similar groups in early August asking them to explain their methodologies. In the case of Consumidores Libres, on the day of its suspension the group received a notification from the consumer defense department telling it that:
The price measurement performed by [Consumidores Libres] lacks the rigor, scientific basis, and statistical consistency needed for this kind of measurement, because of which its publication or access by consumers could cause confusion or the spread of false data, thereby possibly leading to poor choices in the consumption of goods.
While Consumidores Libres’s ad hoc price index of 38 foods might not be the stuff of high science, this certainly sounds like shooting the messenger to silence the message.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Como contribuir para um mundo com mais liberdade?

A liberdade é o principal pilar que permite o desenvolvimento de sociedades. Do lado oposto temos o estado, uma instituição que pouco (senão nada) contribui para gerar progresso no longo prazo. O estado nada produz e age as custas da população, através de impostos e monopólios com respaldo legal.
Mas nada está perdido! No vídeo abaixo, o eloquente Jeffrey Tucker discursa na terceira conferência de Escola Austríaca de São Paulo e inspira a todos amantes da liberdade a contribuirem para uma sociedade livre.
A era digital dá trabalho aos governos, que de maneira alguma conseguem acompanhar a evolução vista no setor privado. Confiram abaixo essa grande mensagem. Abraços!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A vidraça quebrada - Frédéric Bastiat


[Extraído do primeiro capítulo do livro Frédéric Bastiat, do ensaio O que se vê e o que não se vê]

Será que alguém presenciou o ataque de raiva que acometeu o bom burguês Jacques Bonhomme[1], quando seu terrível filho quebrou uma vidraça?  Quem assistiu a esse espetáculo seguramente constatou que todos os presentes, e eram para mais de trinta, foram unânimes em prestar solidariedade ao infeliz proprietário da vidraça quebrada: "Há males que vêm para o bem.  São acidentes desse tipo que ajudam a indústria a progredir.  É preciso que todos possam ganhar a vida.  O que seria dos vidraceiros, se os vidros nunca se quebrassem?"

Ora, há nessas fórmulas de condolência toda uma teoria que é importante captar-se flagrante delito, pois é exatamente igual àquela teoria que, infelizmente, rege a maior parte de nossas instituições econômicas. 
Supondo-se que seja necessário gastar seis francos para reparar os danos feitos, pode-se dizer, com toda justeza, e estou de acordo com isso, que o incidente faz chegar seis francos à indústria de vidros, ocasionando o seu desenvolvimento na proporção de seis francos.  O vidraceiro virá, fará o seu serviço, ganhará seis francos, esfregará as mãos de contente e abençoará no fundo de seu coração o garotão levado que quebrou a vidraça.  É o que se vê. 

Mas se, por dedução, chegamos à conclusão, como pode acontecer, de que é bom que se quebrem vidraças, de que isto faz o dinheiro circular, de que daí resulta um efeito propulsor do desenvolvimento da indústria em geral, então eu serei obrigado a exclamar: Alto lá!  Essa teoria pára naquilo que se vê, mas não leva em consideração aquilo que não se vê. 

Não se vê que, se o nosso burguês gastou seis francos numa determinada coisa, não vai poder gastá-los noutra!  Não se vê que, se ele não tivesse nenhuma vidraça para substituir, ele teria trocado, por exemplo, seus sapatos velhos ou posto um livro a mais em sua biblioteca.  Enfim, ele teria aplicado seus seis francos em alguma outra coisa que, agora, não poderá mais comprar. 

Façamos, pois, as contas da indústria em geral. 

Tendo sido quebrada a vidraça, a fabricação de vidros foi estimulada em seis francos; é o que se vê. 

Se a vidraça não tivesse sido quebrada, a fabricação de sapatos (ou de qualquer outra coisa) teria sido estimulada na proporção de seis francos; é o que não se vê. 

E se levássemos em consideração o que não se vê por ser um fato negativo, como também o que se vê, por ser um fato positivo, compreenderíamos que não há nenhum interesse para a indústria em geral, ou para o conjunto do trabalho nacional, o fato de vidraças serem quebradas ou não. 

Façamos agora as contas de Jacques Bonhomme

Na primeira hipótese, a da vidraça quebrada, ele gasta seis francos e tem, nada mais nada menos que antes o prazer de possuir uma vidraça. 

Na segunda hipótese, aquela na qual o incidente não ocorreu, ele teria gastado seis francos em sapatos e teria tido ao mesmo tempo o prazer de possuir um par de sapatos e também uma vidraça. 

Ora, como Jacques Bonhomme faz parte da sociedade, deve-se concluir que, considerada no seu conjunto, e fazendo-se o balanço de seus trabalhos e de seus prazeres, a sociedade perdeu o valor relativo à vidraça quebrada. 

Daí, generalizando-se, chega-se a esta conclusão inesperada: "A sociedade perde o valor dos objetos inutilmente destruídos" — e se chega também a este aforismo que vai arrepiar os cabelos dos protecionistas: "Quebrar, estragar, dissipar não é estimular o trabalho nacional", ou mais sucintamente: "Destruição não é lucro". 

Que dirão vocês, pessoal do Moniteur Industrieisl?[2]  E vocês, adeptos deste bom Senhor Saint-Chamans[3], que calculou com tanta precisão o que a indústria ganharia com o incêndio de Paris, levando em conta as casas que seria necessário reconstruir? 

Lamento ter que desmoralizar esses cálculos engenhosos, tanto mais porque estão influenciando o espírito de nossos legisladores.  E insisto para que tais cálculos sejam considerados levando-se em conta o que não se vê e o que se vê. 

É preciso que o leitor aprenda a constatar que não há somente dois, mas três personagens no pequeno drama que acabei de apresentar.  Um deles, Jacques Bonhomme, representa o consumidor reduzido a ter, por causa da destruição, um só prazer em vez de dois.  O outro, sob a figura do vidraceiro, nos mostra o produtor para quem o incidente estimula a indústria.  O terceiro é o sapateiro (ou outro industrial qualquer) cujo trabalho é desestimulado também pelas mesmas razões.  É esse terceiro personagem que sempre se mantém na penumbra e que, personificando aquilo que não se vê, é peça fundamental do problema.  É ele que nos faz compreender o quanto é absurdo afirmar-se que existe lucro na destruição.  É ele que logo nos ensinará que não é menos absurdo procurar-se lucro numa restrição, já que esta é também, no final das contas, uma destruição parcial. 

Por isso, indo-se à raiz de todos esses argumentos favoráveis às medidas restricionistas, não se encontrará outra coisa senão a paráfrase deste velho dito popular: "O que seria dos vidraceiros, se os vidros nunca se quebrassem?" .


[1] N. do T.- Jacques Bonhomme, em francês, nome usado como "João da Silva" em português, representa o homem comum do povo, probo, responsável. 
[2] N. do T.- Jornal da Comissão de Defesa da Indústria Doméstica, organização protecionista da época.
[3] N. do T.- Auguste, visconde de Saint - Chamans (1777-1861), deputado e conselheiro de estado na época da Restauração, protecionista e partidário da balança comercial.  O fato citado por Bastiat tem origem no conto publicado por Saint-Chamans intitulado "Novo tratado sobre a riqueza das nações", de 1824.  Este trabalho foi posteriormente incorporado (1852) ao seu Tratado de economia política.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Capitalism works better when left alone


from Bastiat Institute

Time to destroy another piece of left-wing meme propaganda:

You call Fannie Mae, Freddie Mac, and all kids of subsidies "left alone?" Really? You call government maximum liability insurance on nuclear power plants "left alone?" You call massive bailouts of AIG and the rest "left alone?" You call public utilities and the City of Niagara Falls dumping chemicals in that land, not to mention the PUBLIC school district buying it despite explicit mention by Hooker in the contract that it was contaminated "left alone?"

The Ford Pinto was later demonstrated to be no less safe than comparable cars (site provided if you wish).

Finally, if you'd rather poor Asians pick up trash, work 16 hour days in the rice fields, or sell themselves or their kids into prostitution, please go right ahead and say so.

But hey, let's not let the facts get in the way of things.

--@Steve Horwitz

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A concepção (errônea) de socialismo de Antonio Candido


É impressionante ver as inúmeras ferramentas usadas por socialistas para defender o indefensável. Esse senhor de 92 anos, chamado Antonio Candido é destaque no blog de Luis Nassif com o seguinte chamado: “O socialismo é uma doutrina triunfante”. É rir para não chorar.

A entrevista com esse ser está no seguinte endereço: http://www.advivo.com.br/node/963509

                Apesar de Ludwig Von Mises ter provado por completo a impossibilidade de um calculo sob o socialismo, o fato de ele ter sido negligenciado ao longo da história, com a dominância acadêmica por teorias estatistas é mais um auxílio para que esses socialistas busquem sempre novas abordagens para desferir suas falácias.

                O A.C. faz uma referência no começo da entrevista sob a necessidade em se entender a classe social que um indivíduo está inserido para assim entender a relevância e autenticidade de uma obra. Bom, eis o primeiro erro. Se eu concluo que 1+1 = 2, de maneira alguma isso pode ser invalidado se eu não sou um ser humano exemplar perante os padrões da sociedade. Para os que acham que o enfoque dele foi outro, não esqueçam que a “luta de classes” exposta por Marx considera que cada classe tem ideologias específicas. Desafio alguém a me explicar o momento exato e como se dá a mudança de ideologia de uma pessoa que foi de uma classe para a outra. É engraçado esse ponto de vista, uma vez que o socialista alemão também era de uma classe social específica. Não estaria ele míope em relação à verdade? Ele estava errado, evidentemente. Mas não por esse motivo.

                Após um início de entrevista sem grandes conclusões ele faz menção direta ao socialismo “vendendo” uma idéia de não-utopia, classificando o socialismo como uma “finalidade sem fim” defendendo-se que devemos agir todos os dias para chegar ao paraíso, mesmo sabendo que não chegaremos. Cretinisse sem igual. Quer dizer que o ser humano não tem finalidades concretas e reais? Vivemos num mundo dos sonhos em busca do nirvana?

                A coisa só começa a esquentar. Ele diz que o capitalismo e socialismo nasceram juntos e destaca a Revolução Industrial como injusta em relação a sua estrutura social motivando, portanto, o surgimento do socialismo. Para esses pensadores deterministas, todos estamos fadados ao progresso. Ele é inevitável e o movimento igualitário serve para trazer justiça a terra. Faltam-lhes conhecimento econômico.

                A.C., desonestamente, exemplifica que no começo do capitalismo pessoas tinham uma carga diária de trabalho excessiva e viviam em condições sub-humanas e por isso lutaram contra esse regime, beneficiando o movimento socialista. Como é? O maior teórico dessa doutrina passou fome aonde? Que eu saiba foi ele que desenvolveu todas as teorias de mais-valia, luta de classes, etc. e sua condição de vida era bastante abastada. Nunca teve que se preocupar em trabalhar para sobreviver. Sobrevivência no qual o socialista ignora.

                Você trabalharia 16 horas por dia sabendo que não era mais metade dos seus filhos que morreriam ao nascer? Contra fatos, não há argumentos. A capacidade que a Revolução Industrial teve um aumentar a qualidade de vida de pessoas que antes trabalhavam para sua própria existência e naquele momento tinham acesso aos mais variados tipos de "confortos", foi sem igual na história.
               
                Negar a história é um artifício mais do que usual entre os comunas. A Rússia exterminou milhões de pessoas para conseguir implementar seu governo Bolchevique portanto o mais óbvio a afirmar que isso não era o Socialismo. O mesmo serve para os massacres chineses na década de 1960.

                A mesma negação se dá quando Antonio Candido analisa a evolução da sociedade no século XX. A tática é essa: Fatos ruins são atribuídos ao capitalismo e fatos bons ao socialismo. Do ponto de vista da defesa de ideologia, até entende-se (mesmo sendo desonesto), mas esse argumento não tem como ser sustentado. O maior grau de igualdade encontrado hoje é por conta do socialismo? Claro que não! Ou a inflação que detonou a pirâmide social brasileira durante boa parte do século foi feito num arranjo realmente capitalista? É no mínimo revoltante quando atribuem a culpa ao livre-mercado quando na verdade absurdos são cometidos por bancos centrais e governos.

                Se hoje todos podem guardar uma carne na geladeira, vestir roupas e comunicar-se com entes queridos a qualquer momento isso se deve ao capitalismo e a liberdade. Milhares de outros exemplos estão aí para comprovar minha tese.

                Moralmente, os socialistas devem achar que estão no topo do mundo, ou possuem uma mente brilhante e elevada, pois vêem no “consumismo” o diabo na terra. Não conseguem compreender que seres humanos tomam decisões, pois aquilo os tira de uma situação de menor para maior conforto. Isso é repudiado pela esquerda! A liberdade individual é venerada, mas a econômica é vista como um sacrilégio. Não consigo entender.

                A ironia em relação ao “consumismo” é que os maiores problemas que ele gera é justamente causada pela crença em que sempre devemos ter crescimento econômico, que poupar é ruim e consumir é bom. Que uma recessão deve imediatamente ser combatida e que estímulos são as ferramentas mais valiosas dos governos. Eu discordo totalmente desse arranjo e o maior culpado por isso tudo deve ser o Keynes maior influente no mundo acadêmico. Não culpem o livre mercado, por consequencia ninguém da Escola Austríaca de Economia que de fato compreendeu o funcionamento da economia. David Gordon alertou em relação a esse arranjo Keynesiano de uma maneira precisa e incrível.

                Para fechar com chave de ouro, nosso charlatão saiu em defesa do MST. Com um controle imenso do estado em relação a uma vasta propriedade ele acha justo que o crime de invasão e saque à propriedade privada é motivo de louvor. Triste.

Conclusão

                O que não falta são métodos utilizados para convencer o cidadão comum de que o sistema igualitário é possível. A deturpação histórica é a principal delas. Conseguimos ter defensores de um regime que na prática estava mais para um laboratório da morte, causando a morte de dezenas de milhões de pessoas.