Inúmeros tabus foram quebrados nas últimas décadas. Assuntos antes proibidos, agora podem ser debatidos em ambientes familiares, no trabalho, etc., mas questionar a necessidade do estado facilmente gera a fúria no meio comum. Parece que atingimos um campo daqueles “assuntos que não podemos falar” e rapidamente faz-se de tudo para desmerecer o questionamento.
É comum que perguntem coisas como - Me diga um lugar onde o estado não exista? - Esse tipo de pergunta só serve para desviar-nos do ponto principal, que é avaliar a necessidade da existência do monopólio estatal em diversos níveis. Além disso, inocentemente a mesma falácia era muito usada no começo do século XIX para tratar do assunto escravidão, com a mesma pergunta – Me diga um período da história onde a escravidão não existiu?
O questionamento em relação à necessidade do estado já é relevante quando se dá alternativas privadas em um determinado setor. Inúmeros exemplos estão aí para mostrar o quão ineficiente são algumas intervenções estatais como no setor de correios, saúde, educação, energia, etc. A capacidade do mercado em suprir as demandas nesses setores é evidente, mas ao mesmo tempo o estado nos doutrina a acreditar que tudo deve estar sob controle de suas sabedorias sacrossantas.
O estado é realmente eficiente quando se trata da capacidade em manter-nos em letargia, e quando vemos, estamos apoiando sua existência. Tão ruim quanto esse movimento interno para promover o estatismo, é ver a contraproducente campanha pró-estado feita até por minarquistas e neoconservadores. Muito mais produtivo seria deixar esse tabu de lado e considerar alternativas libertárias para satisfazer a população.
Não ser capaz de criar alternativas privadas do dia para a noite em todos os setores não acontece por se tratar de uma utopia, e sim, pois o nosso estágio de conhecimento e padrões morais são ainda muito convergentes com o necessário para um genuíno respeito a propriedade privada e principio de não-agressão, arranjo sugerido pelo anarco-capitalismo.
Tudo isso, sem mencionar o caráter coercivo dessa instituição chamada estado. Isso já seria motivo de sobra para questionar sua existência.
Portanto, questione os atos nefastos ou absurdos dessa instituição e não se cale frente aos seus defensores. A obediência é a melhor amiga do detentor do poder.
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Por fim, sugiro a seguinte leitura: Por que não podíamos abolir a escravidão ontem e não podemos abolir o governo hoje
Portanto, questione os atos nefastos ou absurdos dessa instituição e não se cale frente aos seus defensores. A obediência é a melhor amiga do detentor do poder.
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Por fim, sugiro a seguinte leitura: Por que não podíamos abolir a escravidão ontem e não podemos abolir o governo hoje