A constituição norte-americana que foi feita para limitar o poder e abuso do governo, falhou. Aquela nação que se desenvolveu como a mais livre do planeta, já foi alertada pelos ‘pais fundadores’ que uma sociedade livre depende de pessoas virtuosas e morais. A atual crise reforça que essa preocupação era justificada.
A maioria dos políticos estão cientes dos problemas que enfrentamos, mas gastam boa parte do tempo tentando reformar o governo buscando limitar cada vez mais a liberdade. As questões morais que isso implicam são totalmente ignoradas. Mais do que isso, se algumas pessoas estão infelizes com as ações tomadas pelo governo elas devem se lembrar que esse governo nada mais é que o reflexo da imoralidade da sociedade. Todas as práticas do estado de bem-estar social acima de qualquer julgamento e a inveja para com o ser bem sucedido são apenas alguns exemplos.
Se ainda há muitas coisas que vemos como exemplo de prosperidade, fica muito evidente que esse patamar foi atingido numa época anterior, onde a impressão de dinheiro, mostruoso gasto governamental e expansão de crédito não eram as palavras de ordem responsáveis por uma melhora na qualidade de vida dos cidadãos. Muitas das conseqüencias dessa perda de liberdade, ainda estão por ser sentidas.
Também não podemos achar que a via política é a mais importante para atingirmos esse maior patamar de liberdade. No máximo, podemos usá-la como uma ferramenta para elucidar a população em geral sobre a importância da liberdade e de ter responsabilidade por si mesmos.
A maioria das mudanças, caso elas estejam por vir, não acontecerão por conta dos políticos, mas sim por indivíduos, famílias, amigos ou líderes intelectuais. Rejeitar o uso de coerção, força bruta e ordens do governo como moldes de comportamento social e economico, são as únicas saídas. Ignorar essa solução e assistir ao constante aumento no patamar do governo fazem dos indivíduos honestos as verdadeiras vítimas.
A idéia de um mundo onde a sociedade viveria rejeitando todos os atos de agressão são sempre consideradas com simples demais, muito idealistas, impraticáveis e até utópicas. Até entende-se essa negação, uma vez que durante milhares de anos as forças governamentais controlando as pessoas, ao invés de plena liberdade, foram consideradas morais e única alternativa viável em busca de paz e prosperidade.
Atribuir ao governo a função de busca por paz e prosperidade que me parece ainda mais absurda, uma vez que essa instituição foi responsável por centenas de milhões de mortes durante o século XX. Nenhuma instituição detentora do monopólio da força pode ser considerada como provedora de paz.
O princípio de não-agressão e rejeição sob qualquer ofensiva que se faz com o uso da força deve fazer parte do nosso dia-a-dia. Os pais fundadores já nos lembraram que uma sociedade livvre não existiria sem pessoas morais. Escrever leis ou regras não funcionam se as pessoas escolhem ignorá-las.
Para alcançar liberdade e paz devemos livrar-nos de dois sentimentos mais do que presentes no dia de hoje. A primeira é a “inveja” que leva ao ódio e guerra de classes, a segunda é a “intolerância”, que leva a políticas destrutivas. Esses sentimentos devem ser substituidos por uma compreensão muito melhor de amor, compaixão, tolerância e livre mercado. A liberdade, quando compreendida, une as pessoas. Uma vez tentada, torna-se popular.
O problema que enfrentamos é que o intervencionismo economico e social se baseiam na inveja e intolerância em relação a hábitos e estilos de vida. A ideia erronea que tolerância é a mesma coisa que o endosso de uma certa atividade, motiva muitos a legislar seus padrões moraes, algo que só deveriam ser determinado pelo indivíduo tomando suas próprias decisões. Ambos os lados utilizam a força para lidar com essas emoções erradas. Ambos são autoritários. Nenhum endossa voluntarianismo. Ambas linhas de raciocínio deveriam ser rejeitadas.
Se tive uma convicção sobre as coisas após muitos anos, é que a melhor oportunidade de se alcançar paz e prosperidade para o máximo de pessoas, é lutar pela causa da liberdade.
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Livre adaptação de um discurso de Ron Paul no congresso norte-americano.
Espalhando,muito boa
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